Com a Pandemia, tivemos que modificar nossos hábitos radicalmente, para evitarmos o contágio também através dos alimentos, já que eles passam por várias mãos até chegar à nossa mesa para o consumo.
Além de intensificarmos os cuidados na desinfecção através de substância clorada, aplicando até mesmo nas embalagens, antes de armazenarmos os produtos, uma outra grande mudança foi necessária: voltarmos para nossas cozinhas e prepararmos nossa refeição. O momento não nos permite ir com tanta frequência àquele buffet que tanto gostávamos e que tinha mais de 30 tipos de saladas, por conta do risco de contágio quanto pela dificuldade econômica gerada para a muitos. A situação gerou demissões e as pessoas estão tendo que se reinventar.
Para muitos, isso foi e ainda está sendo um grande desafio, porque além de terem que aprender a cozinhar, também será necessário aprenderem a otimizar esse trabalho, tornando algo prático, para que a qualidade da alimentação não caia a ponto de voltar consumir produtos ultra processados, como os de grandes indústrias de congelados que conhecemos, que são verdadeiras bombas para nossa saúde, o que eu ouvia de algumas pessoas mais antigas: “o que não mata, engorda”, na verdade seria, o que além de engordar, mata!
Essa semana vou falar dos benefícios dessa técnica fantástica, o congelamento de alimentos. Mas pra começar, um breve relato sobre sua origem.
Há três mil anos, os chineses utilizavam o gelo e o ar frio das montanhas para conservar os alimentos. Os romanos também utilizavam essa mesma técnica para conservar carne, peixe e moluscos.
Em 1865, os americanos descobriram que a mistura do gelo e sal, além de congelar as aves e os peixes, conservava-os por mais tempo. Eles observaram que os peixes retirados da água pelos esquimós congelavam rapidamente em função das baixas temperaturas.
Por volta de 1880, surgiram as primeiras máquinas para refrigeração de peixes. O sistema utilizava a amônia no processo de resfriamento.
Em 1912, o norte-americano Clarence Birdseye, após uma viagem ao ártico canadense na região de Labrador, desenvolveu um processo mais rápido de congelamento para preservar os alimentos.
Ele notou que os índios dessa região congelavam os peixes logo que eram retirados da água. Isso possibilitava o consumo de peixes sempre frescos.
Em 1924, Birdseye fundou uma indústria que produzia carnes e vegetais congelados por resfriamento rápido. Assim, foi ele que comercializou os primeiros produtos alimentícios congelados nos Estados Unidos.
Nos anos 40, a empresa de Birdseye consolidou-se no ramo de alimentos congelados. Naquela época, a sociedade americana passava por mudanças sociais e percebeu os benefícios da comida pronta.
No Brasil, somente na década de 70, quando os primeiros freezers foram lançados no País, é que as famílias brasileiras tiveram acesso a esse sistema de conservação de alimentos.
Nos últimos anos, o comércio de alimentos congelados no Brasil está em ampla expansão. Com a vida moderna, o tempo se tornou escasso, sendo necessário mais praticidade no dia a dia. Com a redução do tempo para o trabalho doméstico, aumentou a procura por alimentos congelados, já que eles são comercializados cortados, limpos e pré-cozidos. O aumento do poder aquisitivo da população também possibilitou que as famílias optassem por congelados.
Atualmente, existem diversas empresas fabricando produtos congelados saudáveis e há uma grande variedade de refeições e lanches prontos, que tornam a vida na cozinha mais fácil. Mas é necessário “separar o joio do trigo”, dando muita importância aos rótulos dos alimentos. Mas a correta leitura dos rótulos dos alimentos é assunto para outro post.