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TÁBUA DE CORTES LEGUMES

Trabalho Módulo 1 - Pós Graduação em Gastronomia Funcional (1)

Variar os cortes de legumes é fundamental na gastronomia funcional para trazer diversidade não apenas visual, mas também sensorial e nutricional às preparações, evitando a monotonia alimentar. Quando usamos diferentes cortes, mudamos a textura, o sabor e até a experiência que cada prato proporciona, o que ajuda a tornar as refeições mais atraentes e prazerosas, especialmente em dietas mais focadas em alimentos naturais.

Aqui estão alguns benefícios de variar os cortes:

1. Textura: Diferentes cortes oferecem novas texturas aos alimentos. Um legume cortado em cubos grandes (macedoine) proporcionará uma sensação diferente ao paladar em comparação a um corte em tiras finas (julienne). Isso permite criar camadas de textura em um mesmo prato, trazendo mais complexidade.

2. Aparência e apelo visual: A apresentação é essencial para manter o interesse nas refeições. Vários cortes criam pratos visualmente mais atraentes, o que pode estimular o apetite e o prazer de comer. Um prato com legumes cortados de forma uniforme pode parecer mais sofisticado, enquanto cortes irregulares ou variados trazem um visual rústico e aconchegante.

3. Cozimento variado: Cada corte afeta o tempo e a forma como os alimentos cozinham. Cortes finos, como julienne, cozinham mais rápido, mantendo os vegetais crocantes, enquanto cortes mais grossos, como batonnet, permitem que o interior fique macio enquanto a parte externa ainda tem alguma resistência. Isso pode alterar a experiência do prato e até ajudar na preservação de nutrientes.

4. Exploração de diferentes sabores: O corte influencia o modo como o calor é distribuído no alimento, alterando o sabor. Cortes maiores podem manter mais o sabor natural e sucos dos legumes, enquanto cortes finos podem permitir uma melhor absorção de temperos e molhos.

5. Envolvimento psicológico: A diversidade de cortes pode influenciar a percepção de sabor e saciedade. Quando um prato apresenta diferentes formas e tamanhos de alimentos, isso torna a refeição mais estimulante para o cérebro, ajudando a criar uma sensação de novidade e satisfação, mesmo com os mesmos ingredientes. Isso auxilia a se manter firme no foco do emagrecimento, por exemplo.

Essa variação também é importante para manter o equilíbrio entre saúde e prazer. A rotatividade de cortes, combinada com diferentes métodos de cocção (cozido, assado, grelhado, cru), traz inovação às refeições, incentivando o consumo contínuo de alimentos saudáveis sem cair na monotonia.

O tipo de corte de legumes não só influencia a estética e o sabor dos pratos, mas também tem impacto no cozimento, textura e retenção de nutrientes. 

Além desse cortes que demonstro na foto que fiz, qui estão alguns deles e outros cortes mais comuns e suas aplicações:

1. Julienne: Corte em tiras finas e longas, como palitos de fósforo. Ideal para vegetais como cenoura, abobrinha e batata-doce. Na gastronomia funcional, esse corte permite um cozimento rápido, preservando nutrientes que seriam perdidos em cozimentos mais longos.

2. Brunoise: Pequenos cubos de 1 a 2 mm, geralmente feitos a partir do corte julienne. Muito utilizado para dar textura a sopas e saladas, facilitando a digestão por serem pequenas porções.

3. Batonnet/Bastonetes: Cortes maiores que o julienne, com tiras de cerca de 0,5 cm de espessura. São usados em preparações que exigem um pouco mais de tempo de cozimento, mas ainda assim permitem preservar a textura dos legumes.

4. Chiffonade: Usado para folhas como espinafre, manjericão e couve, consiste em enrolar as folhas e cortá-las em tiras finas. Esse corte é ideal para manter os nutrientes das folhas, já que o tempo de exposição ao calor é mínimo.

5. Macedoine: Cubos maiores, de aproximadamente 1 cm. Aplicado em vegetais que precisam de um tempo médio de cozimento, como cenouras e batatas. Ajuda a manter a estrutura e os nutrientes ao usar técnicas de cocção rápida, como o vapor.

6. Rondelle/Rodelas: Corte em rodelas, geralmente usado para cenouras, abobrinhas e pepinos. Dependendo da espessura, pode ser mais ou menos rápido no cozimento, sendo versátil em diversas preparações funcionais.

7. Paysanne: Corte em fatias finas e planas, podendo ter diferentes formas (triangular, redonda ou quadrada), dependendo do vegetal. Com esse corte, o cozimento é mais rápido, ideal para preservar o valor nutricional dos alimentos.

8. Emincé: Fatias finas e longas, muito usado para cebolas e outros vegetais que precisam de cozimento uniforme e rápido. Isso ajuda a evitar a degradação de compostos antioxidantes durante a cocção.

Em preparações funcionais, a escolha do corte também tem a ver com a biodisponibilidade dos nutrientes. Cortes menores, como brunoise ou julienne, expõem mais superfície dos vegetais ao calor, favorecendo cozimentos rápidos e preservando compostos sensíveis ao calor, como vitamina C.


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